Crianças com seis meses também devem ser vacinadas contra o sarampo

 

Publicado em: 21/08/2019 18:42 | Fonte/Agência: Prefeitura | Autor: Prefeitura

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A nova instrução do Ministério da Saúde indica que crianças entre seis e onze meses devem receber a dose zero da vacina. Além desta dose, as crianças receberão mais duas doses: uma aos doze meses e outra com 15 meses de vida. Importante lembrar que entre uma dose da vacina e outra é necessário o intervalo de um mês. A vacina estará disponível para este grupo a partir de quinta-feira (22).

 

O Ministério da Saúde explica que a inclusão deste grupo para vacinação se deu porque é uma população vulnerável e com riscos de complicações sérias pela doença, como: otites, infecções respiratórias e doenças neurológicas. Em casos mais graves podem provocar a redução da capacidade mental, surdez, cegueira e retardo do crescimento.

 

No Paraná, dois casos foram confirmados e estão em monitoramento pela Sesa. Um deles é de uma moradora de Campina Grande do Sul e o segundo caso foi confirmado nesta terça-feira (20), um homem de 54 anos morador de Curitiba. Ambos passaram por São Paulo.

 

Casos suspeitos - Nos últimos 90 dias, os Estados notificaram mais de dez mil casos suspeitos de sarampo para o Ministério da Saúde. Deste total, os exames laboratoriais confirmaram casos distribuídos em onze estado do país e mais de sete mil casos ainda estão em investigação para verificar se é ou não sarampo.

 

No Paraná, além dos dois casos confirmados, a Sesa tem registro de mais 16 casos suspeitos até esta quarta-feira (21). Todas estas pessoas estão em monitoramento e investigação para confirmar ou descartar a doença. As ações de bloqueio vacinal seletivo também foram realizadas.

 

Em todas as notificações de casos suspeitos no Paraná, as pessoas foram contaminadas em viagens pelo estado de São Paulo. “Temos caso de pessoas que apenas passaram no aeroporto em São Paulo, outros que estiveram pela capital em compras e também situações de viagens para o interior paulista. Como o sarampo é altamente contagioso, a transmissão pode ocorrer estando próximo de alguém contaminado, e se a pessoa não estiver vacinada, o risco de ficar doente é altíssimo”, informa a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr.

 

Os municípios que têm casos suspeitos notificados no Paraná são: Campina Grande do Sul, Cascavel, Curitiba, Jacarezinho, Maringá, Rolândia, São Jorge D’Oeste, São José dos Pinhais e Sulina.

 

Vacinação - A vacina contra o sarampo é gratuita e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A dose zero deve ser aplicada em crianças entre seis e onze meses. A dose número 1 aos 12 meses de vida com a vacina tríplice viral (que previne sarampo, cachumba e rubéola), e a dose 2 aos 15 meses com a vacina tetra viral (que previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora). A população com até 29 anos deve receber duas doses da vacina. E para as pessoas que estão no grupo com idade entre 30 e 49 anos bastam ter o registro de uma dose são consideradas vacinadas. Acima dos 50 anos, a vacina é indicada apenas nos casos de bloqueio vacinal após a exposição com casos de suspeita da doença ou confirmados. Pessoas imunodeprimidas, mulheres grávidas e menores de seis meses de idade não devem tomar a vacina. Profissionais da área da saúde devem ser vacinados, independente da idade.

 

 

Doação de sangue – Neste período de inverno as doações de sangue reduzem substancialmente e para que a coleta possa ser realizada, o Hemepar instrui que é necessário primeiro fazer a doação de sangue para depois tomar a vacina do sarampo. Pessoas que foram vacinadas devem aguardar 30 dias para que estejam liberados para a doação de sangue.

 

Locais – No Paraná todas as Unidades de Saúde Básica tem doses da vacina contra o sarampo. Para receber a vacina você deve ir até uma destas unidades levando um documento com foto e a carteira de vacinação (caso tenha).